BRASÍLIA, 7 de julho (Reuters) – As vendas no varejo brasileiro aumentaram em maio pelo segundo mês consecutivo, dados mostrados na quarta-feira, com uma forte revisão para cima em abril sugerindo que os consumidores estão ignorando a pandemia de COVID-19 e impulsionando a recuperação econômica mais ampla .
Dados do IBGE mostraram que o aumento nas vendas no varejo em maio foi amplo e os volumes médios totais ficaram quase 4% acima dos níveis pré-pandêmicos do início do ano passado.
As vendas, excluindo automóveis e materiais de construção, aumentaram 1,4% com ajuste sazonal em maio ante abril. Isso foi menos do que a previsão mediana em uma pesquisa da Reuters com economistas de um aumento de 2,4%, mas o aumento de 1,8% de abril foi revisado fortemente para um aumento de 4,9%.
O gerente da pesquisa do IBGE, Cristiano Santos, pediu cautela, no entanto.
“Esta é uma recuperação, mas a partir de uma base muito baixa”, disse.
As vendas aumentaram 16,0% na comparação anual, impulsionadas pelos efeitos de base após a queda acentuada em maio do ano passado. Isso foi um pouco menos do que o aumento de 16,5% previsto na pesquisa da Reuters.
O IBGE informou que as vendas mensais aumentaram em sete das oito categorias pesquisadas em maio, com destaque para a alta de 16,8% em roupas e calçados e de 6,8% nas vendas de combustíveis. O único setor a registrar queda nas vendas foi o de produtos farmacêuticos e cosméticos.
No acumulado do ano, as vendas no varejo cresceram 6,8% em relação ao período de janeiro a maio do ano passado, disse o IBGE, embora ainda 1,3% abaixo do recorde de outubro do ano passado.
Em uma base mais ampla, incluindo automóveis e materiais de construção, as vendas no varejo em maio cresceram 3,8% no mês, saltaram 26,2% no ano e cresceram 12,4% no ano, informou o IBGE.
Por essa medida, no entanto, as vendas no varejo no Brasil ainda caíram 3,4% em relação ao pico em agosto de 2012, disse o IBGE.
Reportagem de Jamie McGeever; Edição de Andrew Heavens, Kirsten Donovan
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