A Anglo American e a Vale não quiseram comentar.
Um acordo ajudaria a Vale a cumprir sua meta de aumentar a capacidade de produção anual para 400 milhões de toneladas, permitindo-lhe diluir custos e recuperar o título de maior produtor mundial de minério de ferro que perdeu para o Grupo Rio Tinto na esteira da barragem de Brumadinho desastre em 2019.
A empresa sediada no Rio de Janeiro também quer se posicionar como um dos principais fornecedores de minério de ferro premium, um ingrediente-chave para as siderúrgicas reduzirem sua pegada de carbono. O Minas-Rio da Anglo possui um minério de alto teor de cerca de 67% de teor de ferro, acima da média da Vale.
Minas-Rio é uma operação de minério de ferro totalmente integrada, com uma mina no Estado de Minas Gerais, uma planta de processamento, um mineroduto e um porto no Rio de Janeiro. O projeto tem previsão de produção de 26,5 milhões de toneladas por ano. Adquirida da MMX Mineração e Metálicos SA em 2008, a Minas-Rio custou à Anglo American cerca de US $ 14 bilhões para comprar e construir.
Graças à alta nos preços dos metais nos últimos anos, a Minas-Rio passou de um passivo a uma vaca leiteira para a Anglo American, levando a empresa a descartar os planos de vender a mina.
Mesmo com os preços de seu produto principal abaixo dos recordes históricos dos últimos meses, a Vale continua gerando bastante caixa. Focada na disciplina de capital e no retorno de valor aos acionistas, a mineradora tem desinvestido ativos não essenciais para aprimorar seus esforços em depósitos de minério de ferro e metais básicos.
(Por Mariana Durao, Cristiane Lucchesi e Mark Burton)
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