A planta Tecnored em Marabá terá uma capacidade de produção anual inicial de 250.000 toneladas de ferro-gusa, embora a empresa acredite que a produção possa chegar a 500.000 toneladas por ano. A Vale comprometeu cerca de US$ 345 milhões em capital para a planta, com start-up planejado para 2025.
“O projeto Tecnored é de grande importância para a Vale e para a região e trará competitividade, sustentabilidade ambiental e desenvolvimento para a região”, disse o CEO da Vale, Eduardo Bartolomeo, em nota à imprensa. Ele acrescentou que “a implementação do Tecnored representa um passo importante na transformação da mineração, contribuindo para uma cadeia de processos cada vez mais sustentável”.
O processo patenteado Tecnored permite a produção de ferro-gusa de baixo carbono ou “verde”, substituindo o uso de carvão metalúrgico por biomassa, que, segundo a Vale, pode reduzir as emissões de carbono em até 100%. Como envolve menos etapas de produção, incluindo a ausência de etapas de sinterização e coqueamento, isso torna a tecnologia 10-15% menos capital e custos operacionais mais elevados do que os sistemas tradicionais de alto-forno. A Tecnored possui atualmente uma planta piloto em Pindamonhangaba, nordeste de São Paulo, com capacidade nominal de 75 mil toneladas por ano.
A mina a céu aberto de minério de ferro de Carajás da empresa é a maior do mundo e a maior operação da empresa. A proximidade com a nova planta deve torná-la a principal fonte de minério de ferro a ser processado.
Para seus clientes siderúrgicos, a planta Tecnored é mais um dos esforços da Vale para desenvolver novas tecnologias e oferecer soluções tecnológicas para auxiliar nos investimentos em descarbonização dos processos produtivos. Em linha com os Acordos de Paris, a Vale se comprometeu a reduzir as emissões do Escopo 1 e 2 em 33% até 2030, as emissões líquidas do Escopo 3 em 15% até 2035 e atingir zero líquido até 2050.
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