São Paulo (Reuters) – Um líder sindical de caminhões disse à Reuters na sexta-feira que os caminhoneiros brasileiros ainda estavam divididos sobre os méritos de uma greve nacional em 1º de fevereiro devido aos preços mais altos do diesel e previu que não haveria grandes paralisações.
A retirada nacional seria um duro golpe para a economia brasileira, que já está enfraquecida pelo surto do vírus Konrona. A recuperação dos preços globais do petróleo, juntamente com uma moeda brasileira fraca, empurrou para cima os preços do diesel doméstico, enquanto a inflação mais ampla também está aumentando no maior país da América Latina.
O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, cujos números das pesquisas despencaram devido à forma como lidou com a crise de saúde, implorou aos caminhoneiros que não entrassem em greve e disse que o governo estava procurando maneiras de cortar custos com combustível. Muitos no Brasil sentem um retrocesso na memória da greve dos caminhoneiros de 2018 que paralisou a economia.
Alguns grupos preferem fazer greve, enquanto outros querem continuar as negociações com o governo para encontrar uma solução, disse à Reuters Marlon Maus, assessor executivo do Sindicato Nacional de Transportadoras Independentes.
“Não acreditamos que haverá uma greve nacional”, disse ele. No entanto, ele acrescentou, “pode haver alguns em pontos específicos de algumas cidades.”
Ele disse que havia um “descontentamento generalizado” entre os caminhoneiros, mas que eles estavam em negociações com o governo.
Maus disse que as declarações de Roberto Castillo Branco, CEO da estatal brasileira de petróleo Petrobras, de que a greve dos caminhoneiros não era o problema da empresa, “não eram inteiramente apropriadas”.
“Foi uma total falta de sensibilidade. Isso foi muito inapropriado. É problema dele, não só como presidente de uma empresa como a Petrobras, mas como brasileiro”, acrescentou Maues.
Segundo ele, pode haver um milhão de caminhoneiros no Brasil, para quem o diesel representa cerca de 50% de seus custos operacionais. (Relatório de Alberto Allergy Jr .; escrito por Gabel Stargardter; editado por Daniel Wallis)
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