São Paulo (Reuters) – O Supremo Tribunal Federal se prepara na terça-feira para retomar a votação de uma decisão que pode servir de prova em casos de corrupção contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reforçando sua candidatura potencial na eleição presidencial de 2022.
A equipe jurídica de Lula alega que o ex-juiz Sergio Moro não foi imparcial na fiscalização das investigações do ex-presidente. Se o Supremo Tribunal concordar, ele anulará as principais decisões processuais nos processos contra Lula, cujas condenações já foram anuladas neste mês.
Com seus direitos políticos restaurados, o ex-presidente de esquerda já sacudiu a eleição de 2022, posicionando-se como forte concorrente do presidente de extrema direita Jair Bolsonaro, embora ainda não tenha confirmado sua candidatura.
No entanto, os processos contra Lula ainda podem ser reexaminados na Justiça Federal em Brasília, com base nas mesmas provas. Uma nova condenação, se mantida em apelação, poderia negar-lhe uma eleição, como acontecia antes da corrida de 2018.
Se o Supremo Tribunal também anular as provas contra ele, com base na preocupação com a imparcialidade de Moro, os processos contra Lula, assim como os casos de dezenas de políticos proeminentes e empresários presos, provavelmente começarão do zero.
Duas semanas atrás, um painel de cinco juízes da Suprema Corte suspendeu a decisão sobre a imparcialidade de Morrow, com a votação dividida em 2–2. A juíza Casio Nunes Marquez, que suspendeu a decisão antes do empate, deu luz verde para retomar os procedimentos na terça-feira. (Elaborado por Lisandra Paraguaso de Brasília. Escrito por Carolina Mandel em São Paulo, editado por Brad Hines e Matthew Lewis)
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