O Senado do Brasil aprovou na quinta-feira um projeto de lei para suspender a proteção de patentes para vacinas, testes e medicamentos COVID-19 durante a pandemia, enviando a proposta à Câmara dos Deputados para apreciação e possíveis emendas.
Ainda não está claro se os legisladores da câmara baixa aprovarão o projeto, com implicações para empresas farmacêuticas como a AstraZeneca (AZN.L) e a Sinovac Biotech (SVA.O) da China, que organizaram a produção local de suas vacinas COVID-19.
A empresa norte-americana Pfizer (PFE.N) também fez sua primeira entrega de vacinas contra o coronavírus ao Brasil na noite de quinta-feira.
O governo do presidente Jair Bolsonaro se opôs publicamente às propostas de suspensão das proteções de patentes, argumentando que tal movimento poderia colocar em risco as negociações com os produtores de vacinas.
O Brasil viu na quinta-feira o número de mortos na pandemia ultrapassar 400.000, a segunda maior contagem do mundo depois dos Estados Unidos. Especialistas dizem que a lenta implantação da vacina no Brasil provavelmente manterá o número de mortes diárias alto por meses. consulte Mais informação
“Não podemos ficar assistindo passivamente, dia após dia, de 3.000 a 5.000 mortes. A oportunidade está aí, devemos fazer a nossa parte”, disse o senador Nelsinho Trad, um dos defensores do projeto.
O projeto foi aprovado por 55 votos a favor e 19 contra.
De acordo com a proposta, os detentores de patentes seriam obrigados a fornecer às autoridades todas as informações necessárias para a produção das vacinas e medicamentos COVID-19. Então, se o governo declarasse estado de emergência, eles poderiam ser produzidos localmente sob um acordo de licença.
O objetivo, segundo o senador Paulo Paim, redator do projeto, é agilizar a produção de vacinas para acelerar as inoculações.
Nem o gabinete do presidente nem o ministério da saúde responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
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