SÃO PAULO, 4 de dezembro (Reuters) – O prefeito do Rio de Janeiro cancelou as comemorações do Réveillon depois que o Brasil confirmou os primeiros casos conhecidos da variante do coronavírus Omicron no maior país da América Latina.
Eduardo Paes tuitou no sábado que seguiria as recomendações do estado do Rio de Janeiro para cancelar as comemorações, apesar da visão da própria cidade em contrário.
“Respeitamos a ciência”, tuitou Paes, dizendo que há opiniões divergentes entre os comitês científicos da cidade e do estado, mas ele prefere ficar com o mais restritivo. “O comitê da cidade diz que pode ir em frente e o do estado diz não. Portanto, não pode acontecer. Vamos cancelar a celebração oficial do Réveillon no Rio”, dizia o tweet.
O cancelamento da festa, que atrai milhões de moradores e turistas à mundialmente famosa praia de Copacabana para assistir aos fogos de artifício, não é surpresa.
“Estou muito triste como prefeito e pessoalmente. A festa de Réveillon do Rio é uma das festas mais incríveis e incomparáveis do mundo”, disse Paes em entrevista coletiva.
No Brasil, a pandemia já custou mais de 615.000 vidas, o segundo maior total do mundo depois dos Estados Unidos.
Paes disse que não serão impostas restrições adicionais, destacando que os turistas vacinados são bem-vindos ao Rio de Janeiro, pois a cidade tem registrado queda no número de óbitos e casos e alto índice de vacinação.
O cancelamento foi apoiado por especialistas em saúde, por meio de um tweet do governador do Rio de Janeiro Claudio Castro, depois que o anúncio de Paes abriu espaço para uma possível reversão.
Castro disse que Paes e ele concordaram em realizar uma reunião na próxima semana com autoridades de saúde estaduais e municipais “para tomar uma decisão final” sobre o assunto.
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Reportagem de Ana Mano e Rodrigo Viga no Rio de Janeiro; edição por Diane Craft
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