BRASÍLIA, 5 Abr (Reuters) – Um jantar entre a líder do PT, Gleisi Hoffmann, e 30 empresários na segunda-feira terminou com duas informações bem recebidas por este último: o partido trabalhará com o presidente do banco central Roberto Campos Neto e não se pensa em controlar os preços dos combustíveis se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vencer as eleições de outubro.
O evento, organizado pelo think tank Esfera Brasil, reuniu Hoffmann e pesos pesados como o magnata do varejo Abílio Diniz e o presidente dos Guararapes (GUAR3.SA), Flavio Rocha, que discutiram as políticas econômicas a serem adotadas por um potencial novo governo Lula.
Segundo fontes, Hoffmann garantiu que o partido não pretende tentar destituir Campos Neto do cargo. Ela deixou claro que o PT respeitará seu mandato e não quer mudar a lei que tornou o banco central independente.
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“Foi uma conversa em tom absolutamente cordial”, disse uma das fontes à Reuters. “Evidentemente eles (empresários) preferem um governo mais liberal, mas se sentiram confortáveis com o fato de Campos Neto ficar e que Lula é de diálogo – que ele é e vai continuar conversando com empresários.”
Se eleito, Lula pretende revisar a reforma trabalhista de 2017, mudar o teto de gastos do país e acabar com a política de paridade de preços dos combustíveis da Petrobras (PETR4.SA), além de mudar a forma como os dividendos da estatal petrolífera são investido.
No entanto, a garantia de Hoffmann de que não se fala em controle de preços acalmou pelo menos algumas das dúvidas dos participantes do jantar.
“Há uma vontade de diálogo, isso ficou muito claro”, disse uma fonte. “Claro que a agenda deles (dos empresários) é manter a reforma trabalhista, aprofundá-la, mas há disposição para o diálogo.
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Reportagem de Lisandra Paraguassu; Escrito por Peter Frontini; Edição por Sandra Maler
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