RIO DE JANEIRO, BRASIL – A prefeitura do Rio de Janeiro vai recorrer de decisão judicial que suspende a sentença da capital carioca para exigir a prova de imunização da Covid-19 – o chamado “passaporte de vacinação” – em ambientes específicos em a cidade.
A informação veio do secretário de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, em entrevista nesta quinta-feira (30) ao programa “Bom dia Rio” da TV Globo.
Segundo Soranz, o Ministério Público do Município do Rio de Janeiro deve entrar com recurso nos próximos dias contra a decisão. “Uma decisão como esta é lamentável. Não demora [into consideration] a questão clínica ”, destacou.
O secretário informou que, até que haja decisão sobre o recurso a ser encaminhado à Justiça pelo Ministério Público, não será exigido o “passaporte de vacinação” nos locais delimitados em decreto da prefeitura.
Soranz reforçou a importância da imunização contra a doença na cidade, que, segundo ele, foi o principal motivo do recuo nos índices de óbitos e casos de Covid-19 em relação ao observado no início de 2021.
Soranz segue a narrativa do lobby farmacêutico, que afirma que a vacinação é a única forma de controlar a variante Delta, dizem os críticos que acrescentam que esta afirmação torna as empresas farmacêuticas ricas além da imaginação, mas não considera a realidade nos países com maior taxa de vacinação, como Israel, Islândia, Gibraltar, Cingapura e outros.
O governador da Flórida, Ron DeSantis, por exemplo, disse há algumas semanas que os mandatos e os passes de vacinação parecem ter menos a ver com questões médicas do que com o poder e controle do governo. Ele chamou sua imposição nos Estados Unidos de “muito intrusiva e acho que ilegal”.
CONTRA A DITADURA DE SAÚDE
Na quarta-feira (29), o desembargador Paulo Rangel, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), suspendeu a exigência de apresentação do passaporte de vacinação para a circulação de pessoas na cidade. Em liminar, a decisão foi tomada com base em pedido de morador da cidade.
Ainda assim, o magistrado decidiu estender o habeas corpus à população em geral e não apenas ao autor. Na decisão, ele determinou que o autor, Prefeitura do Rio, Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Municipal, Polícia Federal e Comandante Militar do Leste sejam notificados com urgência para que seja garantido o cumprimento da medida.
Segundo o juiz Paulo Rangel, o passaporte vacinal “divide a sociedade em dois tipos: vacinados e não vacinados”. O magistrado também diz que é hipocrisia “não ver que o transporte público está lotado. O metrô, balsas e ônibus também. ”
Rangel chamou de “ditadura da saúde” e disse que a carteira de vacina é um “ato que estigmatiza as pessoas, criando um rótulo depreciativo e impedindo-as de circular livremente pelas ruas, com um objetivo claro de controle social”. O juiz também compara o passaporte da vacina com a marcação de escravos e gado no passado e até cita Hitler.
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