O governo federal anunciou a possibilidade de ressarcir o ajuda de emergência em 2022. A afirmação foi feita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, na última terça-feira, 10. Segundo o ministro, o benefício voltará se houver uma segunda onda da pandemia no Brasil. Guedes disse ainda que espera que o estado de calamidade pública volte a ser decretado no país no próximo ano, visto que os casos Covid-19 voltaram a aumentar em alguns países do mundo.
“Deixamos isso bem claro para todos. Se houver uma segunda onda no Brasil, já temos os mecanismos. Digitalizamos 64 milhões de brasileiros. Sabemos quem são, onde estão e do que precisam para sobreviver ”, afirmou Guedes em conference call com a agência Bloomberg.
Diante da declaração do ministro, a oposição no Senado se manifestou. Segundo os senadores, o benefício deve continuar sendo pago mesmo diante de uma segunda onda de pandemia no país. “Estamos agora enfrentando inflação, principalmente nos preços dos alimentos, desemprego e fome. O atendimento emergencial é extremamente necessário para minimizar o sofrimento da população ”, defendeu o senador Humberto Costa (PT). A oposição frisou ainda que seria necessário melhorar a distribuição e fiscalização dos recursos, evitando fraudes e pagamentos impróprio, comum em 2020.
Apesar das críticas, também houve elogios à declaração do ministro da Economia. Segundo senadores da oposição, a iniciativa do governo de informar que existe a possibilidade de continuar pagando ajudas emergenciais traz segurança e mais estabilidade aos brasileiros diante do atual cenário de crise econômica.
Proposta inicial
Guedes disse ainda na teleconferência que o socorro emergencial foi inicialmente concebido com um valor inferior, equivalente a R $ 200, a ser pago em longo prazo aos beneficiários. Porém, a classe política mudou os números: o Congresso exigiu a quantia de R $ 500 e o presidente Jair Bolsonaro aumentou o benefício para R $ 600, assumindo a paternidade do valor.
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