Panaji, 20 de janeiro (IANS) A ditadura parece estar voltando ao Brasil novamente, segundo o cineasta brasileiro Gustavo Galvão, que também disse que filmes independentes que não condizem com a ideologia do atual governo não são mais financiados.
Galvão disse ainda que 700 a 800 projetos de cinema estão presos na lama burocrática do financiamento do governo, acrescentando que embora a censura no Brasil não seja direta, foi uma época difícil ser um cineasta no Brasil.
Galvão falava aos repórteres à margem da 51ª edição do Festival Internacional de Cinema da Índia, que sediou a estreia asiática de “Ainda temos a noite negra profunda”.
“Estamos em um momento muito difícil no Brasil. Não enfrentamos a censura diretamente, mas já passamos por esse processo … Na América Latina, em geral, não se consegue dinheiro privado para produção independente. É preciso financiamento público “, Disse Galvão.
“Portanto, este governo deixou muito claro, desde sua vitória, que não financiará filmes que discordem ideologicamente dele. Eles podem fazer isso. Mas não podem fechar o sistema que nos dá dinheiro para filmar.”
Ele não é o único que sofre censura por meio de verbas restritas, disse Galvão.
Entre 700 e 800 (filmes) projetos estão parados no Brasil. Foi difícil mesmo antes da pandemia. Então veio a epidemia e, claro, ninguém está atirando e estamos em uma situação desesperadora. “
Galvão disse ainda que o Brasil viveu uma ditadura nas três décadas que se estendeu dos anos 1960 aos 1980, mas acrescentou que enquanto os políticos vêm e vão, a arte é sempre.
“Mas aqui estamos. Enfrentando dificuldades, mas ainda inovando, continuando escrevendo … É sobre isso. Como você luta, como você continua lutando, continua sendo criativo, continua produzindo. Isso acontece o tempo todo.
Os políticos vêm e vão. A arte ainda existe. “
– Janz
Maya / Ash
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