Presidente Jair Bolsonaro, o presidente de extrema direita do Brasil, foi todo sorrisos esta semana depois de marcar uma reunião com o bilionário sul-africano e magnata da tecnologia Elon Musk. O homem mais rico do planeta visitou o estado de São Paulo para um evento da SpaceX, anunciando o lançamento dos satélites Starlink para conectar à internet até 19.000 escolas rurais da Amazônia.
A dupla ficou lado a lado enquanto Musk fazia um discurso de meia hora sobre a importância da tecnologia para apoiar a Amazônia, antes de o presidente conceder a seu convidado uma medalha de honra por “serviços ao Brasil”.
A sessão de fotos foi uma grande vitória para o presidente, cuja base de direita gosta de Elon Musk – principalmente após a recente oferta do bilionário de adquirir a plataforma de mídia social Twitter. “Para nós, foi como um vislumbre de esperança. Tem gente no mundo todo querendo roubar nossa liberdade, e a liberdade é a semente do futuro”, disse o presidente Bolsonaro.
Há desconforto com a presença de Musk no Brasil, no entanto, principalmente depois de suas promessas de “apoiar um golpe de estado” na Bolívia sobre as reservas de lítio do país – um item essencial para os motores de veículos elétricos da Tesla. O bilionário afirma que estava fazendo uma piada. Foi ele?
Do lado de Bolsonaro, a adulação que ele fez ao CEO da SpaceX pode ser enquadrada como hipócrita. O chefe de Estado brasileiro passou grande parte de seu mandato dizendo que países europeus, grandes corporações e até o governo Biden nos EUA estão cobiçando a floresta amazônica. Ao fazer esses argumentos, ele falou sobre a necessidade da soberania econômica do Brasil. No entanto, quando o homem mais rico do mundo chega à cidade, o presidente mal pode deixar de sorrir.
Talvez, então, valha lembrar ao presidente que a Amazônia não está à venda, independentemente do lance e de quem o faz.
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