“Mulher Maravilha” foi um bom alento no confuso universo dos cinemas de DC quando estreou em 2017.
“Mulher Maravilha 1984” é ainda melhor. E não só.
É o melhor filme desse mesmo universo até agora.
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A sequência, que estreia nesta quinta-feira (17) nos cinemas após ter sido várias vezes atrasada pela pandemia de covid-19, é um grande sucesso da diretora Patty Jenkins e do astro Gal Gadot, que agora também assumiu a produção.
Juntos, os dois criaram uma produção solar e cativante, mais ousada e ao mesmo tempo mais intimista que a primeira. filme, localizado nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial.
Patty Jenkins, que acaba de ser anunciada como a primeira mulher a dirigir um filme do “Guerra das Estrelas“, é visivelmente mais seguro na condução do filme, que tem tom e identidade próprios.
E o mesmo vale para a Mulher Maravilha e seu intérprete.
Diana agora está mais madura, mais segura de si e menos ingênua, mas ainda esperançosa e otimista. E gal Gadot continua a ser o intérprete perfeito para o papel, apresentando um desempenho sólido mesmo nos momentos mais dramáticos da trama.
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Tramar
O roteiro escrito pela própria Patty Jenkins em parceria com Dave Callaham e Geoff Johns (diretor de criação da DC) faz um ótimo trabalho em conciliar sequências de ação ambiciosas com o desenvolvimento emocional de seus personagens, que enfrentam riscos maiores e conflitos mais complexos.
Os vilões
O maior sucesso do filme, porém, está nos vilões, que eram o ponto mais fraco do antecessor. Ares e Dra. Veneno, dois vilões genéricos e pouco inspirados, agora dão lugar a Maxwell Lord (Pedro Pascal) e Barbara Minerva / Mulher Leopardo (Kristen Wiig).
Uma equipe igual à heroína.
Maxwell e Minerva têm personalidades e motivações fortes e tramas bem desenvolvidas, de modo que nenhuma parte de seu conflito com Diana parece forçada. E ambos são perfeitos para a atmosfera do filme.
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Claro que os atores ajudam (e muito!). Pascal torna seu Senhor Maxwell mais uma sátira carismática do que uma caricatura, enquanto Wiig demonstra a perda de humanidade de seu personagem.
O ponto negativo é o look de Mulher Leopardo pós-transformação no ato final, que deixa a desejar.
E quanto a Steve Trevor?
Sim, esse poderia ser o grande slide de “Mulher Maravilha 1984”. Mas fique tranquilo: o retorno de Trevor (Chris Pine) se encaixa organicamente no roteiro de filme.
Então, vale a pena ver?
Vale. “Mulher Maravilha 1984” diverte, emociona e, acima de tudo, traz esperança, uma das grandes marcas das histórias da super-heroína.
É o filme que precisávamos para tornar o fim deste caótico 2020 um pouco mais leve.
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