Ministro da Saúde do Brasil anuncia oficialmente fim da emergência de covid-19
O ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Queiroga, assinou na sexta-feira a declaração que marca oficialmente o fim da emergência pública de interesse nacional COVID-19, que reconheceu a gravidade da pandemia e permitiu que as autoridades de todas as jurisdições agissem em conformidade.
A nova medida de Queiroga entra em vigor em 22 de maio, o que dá aos afetados uma janela de 30 dias para a transição para o novo estado de coisas. O ministro explicou ainda que esta alteração não vai comprometer as várias ações e alocação de recursos atualmente em curso.
“Mesmo que tenhamos casos de COVID-19, porque o vírus vai continuar circulando, se houver necessidade de atendimento na atenção básica e leitos de UTI, podemos atender”, disse Queiroga a jornalistas.
A decisão do governo brasileiro veio apesar da Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda não ter concordado em anunciar o rebaixamento da pandemia para situação endêmica. Queiroga sublinhou que a sua portaria tratou da extinção da emergência de saúde pública de interesse nacional, sem mencionar nem a pandemia nem a endemia.
Um dos principais impactos do fim da emergência será nas medidas de restrição e prevenção, como a obrigatoriedade do uso de máscaras, definidas por estados e municípios. “O que muda é a questão de restringir as liberdades individuais de acordo com a vontade de um gestor municipal. Esse tipo de medida não faz mais sentido. A minha expectativa é que essas exigências acabem”, sublinhou Queiroga.
Outra consequência da nova medida será o fim da obrigatoriedade de vacinação para entrar em espaços interiores. O ministro criticou essa exigência e destacou que 74% dos brasileiros foram totalmente vacinados.
Sobre as futuras campanhas de vacinação, Queiroga foi descarado: “Ninguém sabe”.
“Vamos vacinar apenas idosos, profissionais de saúde, gestantes, crianças? Com qual vacina? Este nós [already] tenho? Outro com a capacidade de lutar contra variantes? A ciência trará essas respostas…”, acrescentou.
Sobre as autorizações emergenciais concedidas a vacinas e medicamentos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Queiroga admitiu ter sido solicitada uma prorrogação de um ano.
Outra consequência da nova medida é o fim da secretaria criada para o combate ao COVID-19. O secretário de Vigilância Sanitária, Arnaldo Medeiros, anunciou que será criada uma coordenação geral de vírus respiratórios.
Medeiros acrescentou que o ministério manterá ações de controle da doença e de outros vírus da síndrome respiratória aguda grave. “Vamos manter a vigilância de casos, testes, notificação obrigatória, síndrome genômica e inflamatória em crianças e adultos e vigilância de emergências de saúde pública”.
Os conselhos de secretários de saúde dos estados (Conass) e municípios (Conasems) questionaram o fim da emergência e pediram um prazo de transição maior de 90 dias.
“Eu sei que [health] secretários de estados e municípios queriam que o prazo fosse maior. Mas veja só, o governador Ibaneis Rocha já cancelou o decreto no Distrito Federal e o governador Cláudio Castro fará o mesmo no Rio de Janeiro. Não vejo muita dificuldade para os secretários estaduais e municipais aderirem”, destacou Queiroga.
O Conselho Nacional de Saúde divulgou nota técnica defendendo medidas para uma “transição segura da pandemia para uma futura situação endêmica de covid-19, mantendo as medidas não farmacológicas até que seja atingida cobertura vacinal homogênea de pelo menos 80% da população elegível à vacina. alcançado em todos os estados da federação”.
Entre as medidas, o conselho, que reúne representantes do poder público, usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e organizações da sociedade civil, recomenda o uso continuado de máscaras em ambientes fechados e lotados, além da “implantação de estratégias para verificar a comprovação de vacinação, especialmente em situações de aglomeração.”
(Fonte: Agência Brasil)
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