BRASÍLIA, 27 de julho (Reuters) – O Brasil garantiu nesta quarta-feira ao secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, que suas Forças Armadas estão focadas em fornecer segurança para garantir uma eleição segura e transparente em outubro, disse Austin.
A lealdade militar à Constituição tornou-se uma questão central antes da eleição presidencial no Brasil, onde o presidente Jair Bolsonaro lançou publicamente dúvidas sobre a validade do sistema de votação eletrônica do país.
O ministro da Defesa do Brasil, Paulo Sergio Nogueira, ofereceu as garantias a Austin durante reunião de ministros da Defesa das Américas, realizada em Brasília.
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“O ministro da Defesa brasileiro comentou que estava muito focado em fornecer segurança para garantir que eles pudessem realizar uma eleição segura e transparente”, disse Austin.
“Ele parecia confiante em sua capacidade de fornecer segurança”, disse o secretário a repórteres.
Austin também comentou amplamente sobre a importância do controle civil firme dos militares na região, um tema que ele destacou publicamente durante a conferência.
“Gostaria apenas de ressaltar que é especialmente vital que os militares desempenhem seus papéis com responsabilidade durante as eleições”, disse Austin, em comentários que provavelmente repercutirão no Brasil antes da votação de 2 de outubro.
Durante a conferência, Austin disse a ministros de todas as Américas que o papel adequado dos militares em uma sociedade democrática envolve “proteger a democracia, respeitar a vontade do povo e defender os direitos humanos e o estado de direito”.
Bolsonaro, um ex-capitão do Exército, baseou grande parte de sua carreira política na nostalgia da ditadura militar brasileira de 1964-1985, menosprezando o Congresso e os tribunais enquanto preenchia seu governo com atuais e ex-oficiais das Forças Armadas.
O questionamento de Bolsonaro sobre o sistema eleitoral do Brasil levantou preocupações de que ele possa se recusar a aceitar a derrota em outubro, seguindo o exemplo do ex-presidente dos EUA, Donald Trump.
Algumas pesquisas de opinião mostram uma queda de quase 20 pontos percentuais em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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Reportagem de Phil Stewart; Edição por David Holmes e Richard Pullin
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