A demonstração de apoio ao presidente brasileiro de extrema direita ocorre no momento em que Jair Bolsonaro enfrenta investigação do Senado sobre como lidar com a pandemia.
Milhares de pessoas se reuniram em todo o Brasil em apoio ao presidente de extrema direita Jair Bolsonaro, cujo tratamento da pandemia COVID-19 foi amplamente criticado em meio a um aumento contínuo de mortes e infecções.
Os manifestantes se reuniram em São Paulo, Rio de Janeiro e na capital, Brasília, onde milhares se reuniram na Esplanada dos Ministérios enquanto Bolsonaro passava brevemente por cima de um helicóptero.
“É um momento crítico e o Bolsonaro precisa do apoio do povo”, disse Edvaldo de Paulo, um manifestante que parecia ter 60 anos, à agência de notícias AFP em Brasília.
Bolsonaro continuou a minimizar a seriedade da COVID-19, descartando-a como apenas uma “pequena gripe” no início da pandemia, e ele rejeita medidas de saúde pública como bloqueios, apesar da contínua crise de coronavírus no Brasil.
A nação sul-americana ultrapassou 400.000 mortes ligadas ao COVID-19 na sexta-feira – o segundo maior total do mundo depois dos Estados Unidos – e registrou mais de 14,6 milhões de infecções até o momento, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.
Mais da metade dessas mortes foram registradas apenas em 2022, enquanto abril foi o mês mais mortal desde que o vírus começou a se espalhar no Brasil no ano passado.
Especialistas disseram que novas variantes mais facilmente transmissíveis do coronavírus contribuíram para sua disseminação, enquanto muitos culparam o Bolsonaro por não tomar medidas para conter COVID-19.
Na semana passada, o Senado brasileiro abriu uma investigação sobre a forma como o governo está lidando com a pandemia, incluindo como os centros de saúde da cidade amazônica de Manaus ficaram sem oxigênio no início deste ano.
Bolsonaro rejeitou qualquer crítica, no entanto, dizendo na semana passada que seu governo não iria “aceitar essa política de ficar em casa e fechar tudo”.
O governo brasileiro também foi criticado por não garantir e distribuir rapidamente as vacinas COVID-19.
O regulador do país deu luz verde para duas vacinas COVID-19 – AstraZeneca e Coronavac – em janeiro e também aprovou os jabs da Pfizer-BioNTech e da Johnson & Johnson, que ainda não chegaram.
Na semana passada, os desenvolvedores da vacina russa Sputnik V criticaram o Brasil por se recusar a importar a vacina, dizendo que a decisão teve motivação política.
Enquanto isso, comunidades pobres e marginalizadas em todo o país continuam sofrendo o impacto do vírus, pois milhões de pessoas também passam fome em meio à crise.
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