SÃO PAULO, 22 de agosto (Reuters) – O candidato à presidência do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta segunda-feira que seu país não precisa cortar uma única árvore para plantar mais soja, cana-de-açúcar ou criar gado enquanto prometeu restaurar a aplicação da lei na floresta amazônica. para conter o desmatamento.
Seus comentários vieram quando a Reuters noticiou na semana passada que assessores do ex-presidente de esquerda estavam propondo empréstimos agrícolas “verdes” subsidiados para estimular o plantio de soja e milho em pastagens abertas e reduzir o desmatamento na Amazônia. consulte Mais informação
“Se o mundo estiver disposto a ajudar, manter uma árvore em pé na Amazônia pode valer mais do que qualquer (outro) investimento”, disse Lula a correspondentes estrangeiros em São Paulo.
Lula disse que acabaria com a mineração ilegal de ouro que surgiu na Amazônia brasileira sob o presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro, que busca a reeleição nas eleições de outubro.
“O Brasil cuidará da questão climática como nunca antes. Queremos ser responsáveis pela manutenção do clima”, disse.
Se eleito, seu governo reforçaria a polícia federal e restauraria instituições enfraquecidas por Bolsonaro que são necessárias para conter o desmatamento na Amazônia, como o órgão de proteção ambiental Ibama, disse ele.
Lula prometeu criar um ministério para assuntos indígenas, dizendo que os indígenas fariam mais para preservar a floresta tropical se tivessem mais autoridade.
Quando questionado sobre um acordo de livre comércio negociado entre o bloco comercial sul-americano Mercosul e a União Europeia, paralisado por preocupações ambientais em Bruxelas, Lula disse que o Brasil não deve ter pressa em ratificar o pacto.
“Não precisamos apressar um acordo final com a UE”, disse ele, argumentando que os termos podem ser “ajustados” para beneficiar todos os lados.
Lula é a favor da reabertura das negociações sobre o acordo, que levou duas décadas para ser negociado, acrescentando disposições sobre meio ambiente, direitos humanos e tecnologia, disse seu principal assessor de política externa Celso Amorim à Reuters no mês passado. consulte Mais informação
“Não podemos abrir mão das compras governamentais porque o Estado deixaria de ser um motor do desenvolvimento econômico”, disse ele na segunda-feira, defendendo a necessidade de um forte papel do Estado como catalisador do investimento privado, respeitando a disciplina fiscal.
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Reportagem de Lisandra Paraguassu; Escrito por Anthony Boadle e Gabriel Araujo; Edição por Brad Haynes e Tomasz Janowski
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