SÃO PAULO (Reuters) – A gestora de ativos brasileira Esh Capital pediu à empresa de laboratórios médicos Alliar que convoque uma assembleia extraordinária de acionistas para discutir alegações de irregularidades financeiras de dois executivos da empresa.
As alegações foram feitas no início de novembro pela MAM Asset Management, do magnata Nelson Tanure, pouco depois de comprar uma participação de 27,3% na Alliar da Patria Investments Ltd..
Na ocasião, o MAM solicitou em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), dizendo que estudava possíveis ações judiciais contra os executivos, que também são acionistas da Alliar.
Alliar não comentou as acusações.
No final de novembro, a Alliar anunciou um acordo entre um grande grupo de acionistas – incluindo os dois executivos – para vender suas ações da Alliar por R$ 20,50 cada para a MAM. Ao mesmo tempo, o MAM pediu o adiamento da AGE que havia solicitado por dois meses.
A Esh Capital, que detém cerca de 2,5% das ações da Alliar, enviou uma carta na quarta-feira à Alliar, assinada por seus advogados e vista pela Reuters, pedindo que realizem a AGE.
“A MAM Asset fez acusações públicas e não pode simplesmente fingir que elas não existiam”, disse Vladimir Timerman, sócio da Esh Capital, à Reuters.
Os representantes de Tanure e do MAM se recusaram a comentar as alegações ou o pedido de uma AGE.
Alliar também se recusou a comentar o pedido de uma AGE, observando apenas que o acordo com o MAM havia sido aprovado pelo órgão de fiscalização antitruste Cade.
As ações da Alliar fecharam a 15,64 reais na quinta-feira.
Reportagem de Tatiana Bautzer; Edição por Mark Potter
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