Em um declaração divulgado nesta manhã, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil comemorou o 30º aniversário das relações diplomáticas com a Ucrânia. Escrito em linguagem superficial, a declaração ignora inteiramente as tensões atuais entre a Ucrânia e a Rússia – poucos dias antes de Bolsonaro ir a Moscou para se encontrar com Vladimir Putin.
“Desde que o governo brasileiro reconheceu a independência da Ucrânia em dezembro de 1991, Brasil e Ucrânia têm mantido vários contatos de alto nível entre seus representantes”, diz o comunicado. Talvez digno de nota é que o Ministério das Relações Exteriores normalmente emite versões adicionais em inglês de suas declarações, mas a declaração de hoje foi divulgada apenas em português.
O Brasil também “celebra a valiosa contribuição da comunidade de ucranianos e seus descendentes em nosso país, estimada em 500 mil pessoas”, lembrando a contribuição da escritora ucraniana Clarice Lispector, uma das artistas mais aclamadas da história do Brasil.
Bolsonaro manteve distância das tensões Rússia-Ucrânia – ignorando as exigências do Departamento de Estado dos EUA para que o Brasil se alinhe à OTAN, enquanto apoia uma Resolução da ONU redigida por Moscou como estrutura para negociações de paz. Altos funcionários dos EUA tentaram (e falharam) convencer o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, a adiar a visita presidencial à Rússia.
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