Governo brasileiro conclui tour mundial 5G

O governo brasileiro concluiu uma turnê mundial focada nas tecnologias 5G antes do leilão do país do espectro de quinta geração, que está previsto para ocorrer em junho de 2021.

Chefiada pelo ministro das Comunicações, Fabio Varia, a delegação brasileira incluiu ministros da Contabilidade Federal e o Secretário de Assuntos Estratégicos do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com o governo, a viagem teve como objetivo aprender mais sobre as tecnologias 5G em desenvolvimento nos principais centros globais e agilizar os procedimentos em torno do próximo leilão. Durante a visita, as autoridades brasileiras também testemunharam demonstrações da tecnologia 6G, que estão em fase de teste.

A viagem ministerial começou na Suécia, onde as autoridades brasileiras conheceram Marcus Wallenberg, cujo império empresarial da família inclui propriedades na Ericsson e AstraZeneca. A próxima parada na etapa europeia da turnê foi na Finlândia, onde a delegação Faraya se encontrou com o CEO da Nokia, Becca Lundmark, bem como altos funcionários do governo finlandês.

Na Ásia, funcionários do governo brasileiro se reuniram com autoridades e representantes das empresas de tecnologia NEC e Fujitsu no Japão. O passeio foi encerrado ontem (11) na China, onde Varia e outras autoridades brasileiras visitaram o Huawei Galileo 5G Center, além do laboratório de cibersegurança da empresa. A delegação pretendia visitar a Coreia do Sul, mas essa parte da viagem foi cancelada.

Segundo Varia, o governo brasileiro quer adotar o “5G na realidade”: “Queremos adotar o 5G independente para que possamos aproveitar todas as tecnologias que ele pode oferecer [Brazil’s] Desenvolvimento. A rede 5G não autônoma é comparável a 4G plus.

A rodada ministerial segue uma série de diretrizes e compromissos para as empresas de telecomunicações em relação ao leilão 5G, que foi lançado no final de janeiro pelo governo federal. Entre os requisitos está uma rede privada exclusiva para uso governamental, a ser construída por licitantes bem-sucedidos.

Este pedido específico é visto como uma maneira que os assessores de Bolsonaro encontraram para contornar a posição do presidente em relação às operações da Huawei no Brasil. No entanto, as demandas geram oposição significativa das operadoras, já que a estrutura exclusiva do governo não representará apenas gastos adicionais significativos, mas será administrada pela empresa estatal de telecomunicações Telebrás, algo que as empresas do setor privado têm dificuldade de justificar.

Antes do início de sua turnê mundial, Faraya ameaçou que o governo aumentasse os preços dos leilões se as empresas de telecomunicações não atendessem às demandas da rede privada.

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