GUARULHOS, Brasil (Reuters) – A farmacêutica brasileira União Química concluiu a produção de seu primeiro lote da vacina contra o coronavírus Sputnik V com ingredientes ativos e tecnologia fornecida pela Rússia, informou a empresa nesta quinta-feira.
A vacina será exportada para países vizinhos da América do Sul, já que o Brasil ainda não aprovou a vacina russa para uso doméstico.
O Instituto Gamaleya de Moscou, que desenvolveu a vacina, disse ter feito o controle de qualidade dos ingredientes da vacina, que eram colocados em frascos e embalados para embarque – processo conhecido como fill and finish – na fábrica da União Química, em Guarulhos, nos arredores de Guarulhos. cidade de São Paulo.
O primeiro lote de 100.000 doses da fábrica foi embalado em caixas rotuladas em espanhol, embora os países que as receberão ainda não tenham sido decididos pelo Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF), disseram os executivos.
A aprovação da vacina pelo órgão regulador de saúde brasileiro, Anvisa, foi adiada depois que a agência questionou alguns documentos e dados faltantes do ensaio que a RDIF, que está comercializando a vacina, foi solicitada a fornecer.
A RDIF disse que assinou contratos de produção para o Sputnik V com 20 fábricas na Índia, Argentina, Coréia do Sul, China, Itália, Sérvia, Egito, Turquia, Bielo-Rússia e Cazaquistão.
Até agora, a vacina já foi produzida na Rússia, Sérvia, Turquia, Egito e Argentina, onde o primeiro lote de teste foi produzido em 20 de abril pelos Laboratorios Richmond, disse a RDIF.
Reportagem de Leonardo Benassatto e Anthony Boadle; Edição de Bill Berkrot
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