Na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, a falta de peixes devido aos altos níveis de poluição da água levou os pescadores a passar da pesca para a limpeza do oceano.
O projeto envolve 25 famílias de pescadores e é promovido pela Ogyre, empresa italiana dedicada à limpeza dos oceanos, e pela organização ambiental brasileira Instituto BVRio.
O especialista em economia circular da BVRio Pedro Mendes disse à Reuters que além de ter impacto ambiental, o projeto também ajuda os pescadores locais que viram seu comércio afetado pelas águas poluídas.
“Antes era maravilhoso. Na sua porta da frente, você pode pegar muitos camarões e peixes. Hoje, para pescar é preciso ir longe. Você precisa comprar gasolina para um barco desses e é caro vir aqui”, disse Francinaldo Alves da Silva, 47 anos.
“Se você vê o mar há 50 anos e o que existe agora, é horrível! Hoje em dia as pessoas não estão conscientes. Eles jogam tudo o que não funciona no mar. Acham que o mar é um lixo. O mar não é um lixão. O mar é como todos nós sobrevivemos. Os peixes e as tartarugas têm liberdade, sem lixo”, disse outro pescador Ayton Rodrigues Martins.
Por meio da iniciativa, por dois dias de trabalho, os pescadores são remunerados acima do salário mínimo.
Esta é a segunda fase do projeto. Espera-se que dure 12 meses, durante os quais os organizadores esperam que 100 toneladas de lixo sejam coletadas.
(Fonte: Reuters)
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