Aviso: spoilers estão chegando.
“Invisible City” apareceu na Netflix há alguns dias e já ganhou fãs em todo o mundo. A série cresceu em popularidade por trazer atores famosos para telas pequenas e por explorar versões mais sombrias dos clássicos mitos do folclore brasileiro – criando um enredo diferente ao longo das linhas de ‘Era uma vez’ e ‘Grimm. Isso atraiu público na última década.
Mas você sabe quais histórias inspiraram a produção? Qual é a origem dessas histórias simbólicas da cultura nacional? Afinal, é quase um exagero dizer que a infância da maioria dos brasileiros foi baseada nas conspirações de que participaram Sassi Periri, Coca, Lopesumim e tantos outros – por meio da popular série “Sítio do Pica-Pau Amarelo” ou outros meios.
Para celebrar a importância desses mitos, o CinePOP separou uma pequena lista que explora as histórias e personagens que adquiriram um visual totalmente novo em “Cidade Invisível”.
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Boina atrevida
Apesar de não ser um dos grandes protagonistas da série, na contemporaneidade o personagem travesso foi remodelado através do alter ego Isac (Wesley Guimarães). A influente lenda surgiu na região sul entre os povos indígenas da raça Guarani, se espalhou pelos países vizinhos do Brasil e foi classificada das mais diversas formas.
A versão mais famosa é a de um menino negro que mora no mato e adora pregar peças nas pessoas. Com apenas uma perna, ele usa uma falda vermelha e um chapéu que adora perturbar cavalos, invadir casas e levar o inferno para quem quiser. Diz-se que o Sassi pode viver até aos 77 anos e, quando está perto da morte, transforma-se num fungo venenoso conhecido como espiga de madeira (encontrado nos troncos das árvores.
Divirta-se assistindo:
Os historiadores acreditam que a lenda tem sua origem nas raízes ancestrais do Curupira, já que ambos são considerados protetores da floresta.
CUCA
Um dos principais objetos do folclore nacional, o kuka (que Alessandra Negrini levou para as telinhas) é derivado de uma lenda portuguesa da Galícia chamada Kuka, uma bruxa com cabeça de abóbora que assusta crianças pequenas.
A lenda brasileira se tornou popular com muitas semelhanças. A lendária criatura aqui também é uma velha bruxa com garras, cabeça de crocodilo e uma voz terrível que tem medo de sequestrar crianças que desobedecem a seus pais. Ele dorme apenas uma noite a cada sete anos, sua vida se estende por mil anos, até que bota um ovo e aparece outra coca, mais malvada e mais perigosa que a anterior.
IARA
Jessica Corse interpreta a Rainha da Água brasileira em Uma Cidade Invisível – os paralelos são muito claros em comparação com a história antiga. Também parte da cultura europeia, os portugueses introduziram o mítico conto da sereia aos indígenas que aqui viveram no século XVI e que adaptaram a lenda ao seu gosto.
Filha de um poderoso xamã e guerreiro, Iara causou inveja aos irmãos mais velhos, que resolveram se unir para matá-la. Porém, quando ela resistiu e acabou matando seus algozes, seu pai a jogou entre os rios Negro e Solimus para morrer – no final os peixes a resgataram e ela se tornou a criatura como a conhecemos.
Iara usa sua beleza e habilidades vocais para seduzir os homens que navegam no rio ou vagando por suas margens, e os arrasta para o fundo da água até que se afoguem.
Pink Botto
Interpretado por Victor Sparaban na série Netflix, Boto Cor-de-Rosa é uma das tribos indígenas da Amazônia. O personagem é um animal inteligente que se parece muito com um golfinho e se transforma em um jovem bonito e atraente nas noites de lua cheia.
Reza a lenda que ele saiu da água durante as festas juninas, mais especificamente nas festas de Santo Antônio e São João, vestindo roupas brancas e um grande chapéu para esconder as feições do animal. Seu desejo? Escolher a festeira mais bonita, engravidar e desistir – o que, segundo a crença popular, era um argumento usado para explicar uma gravidez extraconjugal.
Apesar de ser uma imoralidade incontrolável, Boto também intervém como um observador do rio, ajudando os trabalhadores a ter sorte durante a temporada de pesca e guiando-os por águas traiçoeiras em noites de tempestade. Mais do que isso, também salva quem infelizmente cai do barco.
Coropyra
Com sua identidade escondida por muito tempo na Cidade Invisível, poucas pessoas ouviram falar do temível Curupira. O polêmico personagem é um tipo de anão de cabelos ruivos, corpo peludo, dentes afiados e pés voltados para trás, que usa para enganar seu perseguidor.
Um guardião da floresta não pensa duas vezes antes de defender sua casa e a flora e fauna que a habitam, utilizando os mais diversos artifícios para enganar os caçadores, deixando-os perdidos e assustados na densa selva, sem saber onde e como chegaram. Saia. Com assobios gelados e um uivo de lobo, ele foi chamado de demônio sem motivo.
Corpo seco
Corpo-Seco não é um dos contos mais emblemáticos do panteão nacional – pelo menos não é tão conhecido como Mula-Sem-Cabeça e Boitatá, que não foi convocado na primeira temporada do espectáculo. Porém, a criatura é uma das criaturas mais temidas do folclore.
Corpo-Seco aparece a qualquer hora do dia ou da noite, e é um suposto menino que passou a vida inteira desobedecendo aos pais, lutando e batendo nas pessoas. E quando ele morreu, nem o Céu nem o Inferno o aceitaram. Depois de seu enterro, a própria terra a cospe, o que a faz se transformar em uma criatura do mal que se disfarça nas árvores e assusta os infelizes que cruzam seu caminho com seu corpo corrupto, os beijam com unhas compridas e os arrastam para a floresta ser morto. elas.
Marambi Tutu
O nome Tutu Marambá talvez não seja familiar – mas o tipo Bicho-Papão definitivamente é. Destruidora dos sonhos das crianças, a hedionda criatura é um fantasma que aparece em muitas canções populares. Sem forma, seu personagem é constantemente associado à escuridão e sua origem vem dos mitos africanos sobre ogros.
O monstro é o deus do terror noturno e habita a Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
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