Já chegaram duas embarcações que vão apoiar as termelétricas flutuantes da Karpowership no estado do Rio de Janeiro e outras duas estão programadas para entrar no Brasil este mês, disse um porta-voz da empresa turca à BNamericas.
As embarcações estão ancoradas no Terminal Portuário de Angra dos Reis (TPAR), em Angra dos Reis, onde passarão pelo desembaraço aduaneiro.
Apelidadas de Powerships, as térmicas flutuantes Porsud I e II e Karkey I e II terão capacidade instalada total de 560MW e serão instaladas na baía de Sepetiba, em Itaguaí.
Eles serão abastecidos por gás natural de uma unidade flutuante, de armazenamento e regaseificação (FSRU).
Os projetos foram contratados por meio de procedimento simplificado pela reguladora de energia elétrica Aneel em outubro de 2021.
O processo de licitação foi concebido para contratar capacidade de backup para ajudar a garantir a continuidade do fornecimento de energia elétrica, tendo em vista a escassez de água em 2021, que resultou na queda significativa dos níveis dos reservatórios hidrelétricos.
O contrato assinado com o governo originalmente previa o fornecimento de maio a 2025.
Uma licença ambiental integrada foi emitida pelo órgão ambiental do Rio de Janeiro, Inea, que permite o início das obras de instalação de uma pequena linha de transmissão em Santa Cruz Distrito industrial.
“A empresa solicitou a licença de operação do Inea para permitir a ancoragem das Powerships no Porto de Itaguaí”, disse o porta-voz.
O FSRU está em águas internacionais próximas ao Brasil, aguardando autorização para fundear no local do projeto. No mês passado, o Ministério de Minas e Energia (MME) pediu à agência reguladora de petróleo e gás ANP que agilizasse o processo de autorização para a operação da unidade.
Os projetos da Karpowership foram envolvidos em uma controvérsia ambiental em março, já que os empreendimentos não tinham estudo de impacto ambiental.
Mas a empresa afirma que atendeu a todas as solicitações e exigências do Inea.
“A operação só terá início após todo o processo de licenciamento, seguindo toda a legislação vigente em sinergia com as recomendações do órgão licenciador e as melhores práticas de sustentabilidade”, disse o porta-voz.
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