BRASÍLIA, 10 de agosto (Reuters) – O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, não mencionou a privatização da Petrobras (PETR4.SA) em seu plano de reeleição divulgado nesta quarta-feira, que promete continuar perseguindo políticas que reduzam o tamanho do estado.
“O governo… vai prosseguir com o reordenamento do papel do Estado na economia, por meio da privatização e desinvestimento de empresas estatais, para focar na participação do Estado em atividades essenciais e na promoção do desenvolvimento econômico, social e sustentável do Brasil”, disse o plano. .
O documento contrasta com seu plano eleitoral de 2018 que dedicou páginas específicas à Petrobras. A empresa nem foi mencionada desta vez, apesar do Ministério de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, solicitar que sua privatização fosse estudada.
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O plano de 2018 de Bolsonaro defendia a política da Petrobras de atrelar os preços dos combustíveis domésticos às taxas internacionais, mas com mecanismos de hedge que suavizavam as flutuações de curto prazo. De acordo com o documento, a empresa também deve vender uma parcela “substancial” de suas unidades de refino, varejo e transporte.
O ex-presidente esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva, cuja liderança nas pesquisas vem se estreitando no período que antecede as eleições de outubro no Brasil, tem falado muitas vezes em sua oposição à privatização da Petrobras. Seus assessores também recomendaram o reforço da capacidade de refino da Petrobras, inclusive por meio da reversão das privatizações de refinarias. consulte Mais informação
O palácio presidencial se recusou a comentar e encaminhou pedidos ao Partido Liberal (PL) de Bolsonaro, que não respondeu de imediato.
Bolsonaro se tornou um crítico vocal da Petrobras à medida que os preços dos combustíveis aumentaram, empurrando a taxa de inflação do Brasil para dois dígitos. Suas reclamações diminuíram recentemente, depois que a empresa decidiu baixar os preços dos combustíveis, já que os preços do petróleo caíram.
A Petrobras, cujo presidente foi substituído duas vezes por Bolsonaro somente neste ano, também anunciou um importante pagamento de dividendos do setor, o que impulsionará o resultado fiscal do Tesouro para este ano.
Em seu novo plano, Bolsonaro prometeu manter uma doação mensal em dinheiro de 600 reais (US$ 117,77) no Auxilio Brasil, um programa de assistência social para as famílias mais pobres. Ele também reafirmou um plano para aumentar as isenções de imposto de renda.
O documento reafirma o compromisso do governo com a sustentabilidade fiscal sem mencionar como pretende aumentar os gastos sob um teto de gastos constitucionalmente determinado.
De acordo com o plano, um segundo mandato de Bolsonaro prosseguiria com planos de simplificação do regime tributário, redução de impostos para empresas e redução de tarifas de importação para fomentar o comércio.
(US$ 1 = 5,0947 reais)
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Reportagem de Marcela Ayres; Edição por David Gregório
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