O presidente de extrema-direita do Brasil, Jair Bolsonaro, acusou na quinta-feira a principal autoridade eleitoral do país de “covardia” por considerar proibir o aplicativo de mensagens Telegram, o principal canal de mídia social que ele usa para se comunicar com seus apoiadores. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil está considerando proibir o Telegram durante as eleições de outubro porque não respondeu aos pedidos para ajudar a combater a disseminação de desinformação.
“É covardia o que eles estão tentando fazer”, disse Bolsonaro a apoiadores quando questionado sobre a possível proibição do Telegram. “Estamos lidando com isso”, disse ele, sem dar detalhes.
As plataformas de mídia social foram fundamentais para a eleição de Bolsonaro em 2018 em uma onda de sentimento conservador no país, e ele continua usando ativamente Twitter, WhatsApp e Facebook, onde faz um webcast ao vivo semanalmente para apoiadores. Mas ele e seus filhos têm se voltado cada vez mais para o Telegram, porque o aplicativo, iniciado na Rússia e agora com sede em Dubai, não limita o tamanho dos grupos, como o WhatsApp faz, nem impede mensagens em massa.
Também não há como controlar a disseminação de notícias falsas e mensagens de ódio, ao contrário de outras redes que estão cooperando com as autoridades brasileiras. Embora o Telegram seja o segundo serviço de mensagens mais popular no Brasil, ele não possui escritório de representação no país sul-americano.
O chefe da Justiça Eleitoral do TSE, Luis Roberto Barroso, busca desde meados de dezembro se reunir com o diretor-executivo e fundador do Telegram, Pavel Durov, para discutir formas de combater a disseminação de informações falsas, mas não obteve resposta. O TSE firmou parcerias com quase todas as principais redes sociais para coibir notícias falsas e a disseminação de teorias da conspiração sobre a legitimidade do sistema eleitoral brasileiro, disse Barroso na semana passada em comunicado.
Bolsonaro tem 1 milhão de assinantes no Telegram, que seus aliados favoreceram depois que outras plataformas removeram parte de seu conteúdo. O Telegram não respondeu a um pedido de comentário.
(Esta história não foi editada pela equipe do Devdiscourse e é gerada automaticamente a partir de um feed distribuído.)
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