(Adiciona detalhes de pagamentos de dívidas concedidas em tribunal, comentários de Guedes em cartas de líderes empresariais)
SÃO PAULO, 30 de agosto (Reuters) – O ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, disse nesta segunda-feira que concorda com a solução proposta pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, para pagamento de dívida judicial do governo.
O Supremo Tribunal Federal propôs na semana passada que, em vez de pagar a dívida em prestações, o governo certifique-se de que o volume de pagamentos não excede o teto de gastos orçamentários. A proposta reduziria em cerca de 50 bilhões de reais (US $ 9,6 bilhões) o valor total que o governo teria de pagar no próximo ano.
Em vez de 89 bilhões de reais, o governo teria que pagar cerca de 40 bilhões de reais em dívida concedida em juízo no próximo ano.
Guedes disse que apoia a proposta do Supremo Tribunal Federal, após reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Em declarações a jornalistas após a reunião, Pacheco disse que se encontrará com Fux na terça-feira para discutir a proposta. O presidente da Câmara, Arthur Lira, também estará na reunião, disse ele.
Anteriormente, o ministério havia proposto o parcelamento de todas as dívidas.
Guedes também comentou aos repórteres em carta aberta que empresários brasileiros cogitaram publicar críticas ao governo. Esperava-se que grupos de lobby representando fabricantes e bancos assinassem a carta.
Guedes disse saber que a carta ia “agredir o governo” e que desentendimentos entre os empresários fizeram com que a publicação fosse adiada.
Não ficou claro como Guedes sabia do conteúdo da carta.
A carta estava originalmente prevista para ser publicada na terça-feira e agora pode ser publicada na próxima semana, disse a presidente da Câmara, Lira. ($ 1 = 5,1936 reais) (Reportagem de Isabel Versiani em Brasília e Tatiana Bautzer em São Paulo Edição de Matthew Lewis)
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