A variante Lambda COVID-19: o que sabemos sobre ela?

TORONTO – Uma variante de interesse do COVID-19 recentemente designada pela Organização Mundial da Saúde está sendo examinada conforme mais casos estão sendo detectados em vários países e em meio a preocupações de que carregue mutações que poderiam torná-lo mais resistente aos anticorpos neutralizantes.

A nova variante Lambda, ou C.37, foi detectada pela primeira vez em agosto de 2020 no Peru e estava sendo monitorada como um alerta por algum tempo antes de sua nova designação. Em meados de junho, a variante foi detectada em 29 países ou territórios com uma prevalência particularmente alta na América do Sul.

“Lambda tem sido associada a taxas substantivas de transmissão comunitária em vários países, com aumento da prevalência ao longo do tempo, concomitante ao aumento da incidência de COVID-19”, escreveu a agência global de saúde em seu Atualização Epidemiológica Semanal publicado em 15 de junho.

“Lambda carrega uma série de mutações com suspeitas de implicações fenotípicas, como um possível aumento da transmissibilidade ou possível aumento da resistência a anticorpos neutralizantes”.

A OMS disse que atualmente há evidências limitadas sobre o que o impacto dessas mutações significará e que mais estudos são necessários para entender melhor como conter a disseminação e como as vacinas se comportarão contra a variante.

Virologista da OMS Jairo Mendez-Rico disse à Deutsche Welle da Alemanha não houve indicações até o momento de que a variante lambda é mais perigosa ou leva a uma mortalidade mais alta.

RASTREANDO O LAMBDA PELO MUNDO

Pablo Tsukayama, um virologista da Universidade Cayetano Heredia de Lima, disse à emissora alemã que, devido à luta do Peru para conter a pandemia, não foi surpresa que a variante tenha começado lá e agora tenha se consolidado.

O país sul-americano teve mais mortes per capita do que qualquer outro país desde o início da pandemia, com 586 mortes por 100.000 pessoas em 5 de julho. É um número quase 89 por cento maior do que a Hungria, o segundo pior país pela mesma medida, com 310,5 mortes por 100.000. Agora, mais de 80 por cento das novas infecções sequenciadas desde abril no Peru estão associadas à variante Lambda, de acordo com as autoridades peruanas.

Cerca de um terço das novas infecções no Chile nos últimos dois meses também foram detectadas como sendo a variante Lambda – circulando aproximadamente na mesma taxa que a variante Gama, detectada pela primeira vez no Brasil.

No Reino Unido, Lambda foi designada como uma Variante sob investigação (VUI) em 23 de junho, após meia dúzia de casos identificados em todo o país. Esse número agora é oito. Public Health England (PHE) afirma que não há atualmente “nenhuma evidência de que esta variante cause doenças mais graves ou torne as vacinas atualmente implantadas menos eficazes”.

Desde 5 de julho, não há casos conhecidos relatados da variante Lambda no Canadá, embora os dados disponíveis publicamente se concentrem em variantes preocupantes.

Embora ainda haja pouca pesquisa sobre a variante Lambda, pesquisadores brasileiros escreveram em um estudo de pré-impressão, que ainda não foi revisado por pares, que eles acreditam ter “um potencial considerável para se tornar um VOC (variante de preocupação)”, enquanto outro estudo pré-impressão sugere que essa variante é mais transmissível do que as variantes Alfa e Gama, e que CoronaVac, também conhecida como vacina Sinovac, foi menos eficaz contra ela.

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