Brasilia O ex-presidente de esquerda brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva permanece à frente do presidente de extrema direita Jair Bolsonaro por uma margem significativa nas preferências dos eleitores para as eleições de 2022, revelou uma pesquisa do Datafolha na sexta-feira.
O apoio eleitoral a Lula caiu de 46% para 44% em julho, e o Bolsonaro ganhou um ponto percentual para 26%, de acordo com a pesquisa, que pedia aos eleitores que escolhessem como se a eleição fosse agora.
Em um segundo turno simulado entre os dois, Lula ganharia 56% dos votos contra 31% do titular, ante uma vantagem de 58% -31% na última pesquisa. A variação desde julho ficou dentro da margem de erro da pesquisa.
Outras pesquisas também mostram a clara vantagem de Lula, à medida que a popularidade de Bolsonaro cai devido ao aumento da inflação, ao alto desemprego e ao tratamento do segundo surto de COVID-19 mais mortal do mundo.
No entanto, nenhum dos candidatos anunciou oficialmente sua candidatura para as eleições de outubro de 2022.
Segundo o Datafolha, a pesquisa mostrou que os comícios realizados pelo Bolsonaro no dia 7 de setembro, em busca de apoio em seu embate com o STF, não alteraram o quadro eleitoral.
Os candidatos centristas também não ganharam força, decepcionando os partidos que buscam uma terceira opção para romper a polarizada disputa Lula-Bolsonaro. Grupos de direita que pediam um comício “Nem Lula nem Bolsonaro” em 12 de setembro não conseguiram atrair grande multidão em São Paulo.
O apoio eleitoral a Ciro Gomes, do Partido Democrático Trabalhista (PDT), de centro-esquerda, e aos governadores João Doria e Eduardo Leite, ambos do Partido Social Democrata Brasileiro (PSDB), de centro-direita, permanece na casa de um dígito.
A popularidade de Bolsonaro atingiu o ponto mais baixo desde que assumiu o cargo em 2019. A pesquisa Datafolha mostrou os dados divulgados na quinta-feira, com 53% dos entrevistados desaprovando-o contra 51% na pesquisa anterior, em julho.
Suas avaliações positivas caíram de 24% para 22%, disse Datafolha. A pesquisa sugere que os ataques de Bolsonaro à Suprema Corte não repercutiram entre os eleitores que estão preocupados com o aumento dos preços e a falta de trabalho.
A pesquisa Datafolha ocorreu entre os dias 13 e 15 de setembro, entrevistando 3.667 pessoas em todo o Brasil, com margem de erro de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
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