A política climática do Brasil está mudando. Isso importa para todo o planeta.

“Ele está olhando para isso com uma mentalidade moderna”, disse ela. “Uma coisa é corrigir o passado, desfazer erros. Outra coisa é afirmar novos caminhos.”

O presidente Biden também fez do clima um pilar de sua campanha, assim como Gabriel Boric, que se tornou presidente do Chile em março. Apenas algumas semanas atrás, o candidato presidencial de esquerda da Colômbia Gustavo Petro escolheu um ativista ambiental como seu companheiro de chapa. O primeiro turno dessa eleição é em 29 de maio.

A escolha que os brasileiros fazem é importante para as metas climáticas globais. O Brasil é, em algumas medidas, o sexto maior emissor do mundo de gases de efeito estufa. Mais importante, porém, é o motivo: atualmente está cortando sua parte da Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, em um ritmo não visto em mais de uma década.

O histórico ambiental de Lula é misto. Antigamente, seu governo pressionou por novas políticas que reduziam drasticamente o desmatamento na Amazônia, mesmo com o crescimento do agronegócio, incluindo a carne bovina. Mas ele parecia desconsiderar a necessidade de uma transição energética, recusando-se a apoiar a legislação que exigiria que o Brasil eliminasse gradualmente os combustíveis fósseis.

Sob o atual presidente, Jair Bolsonaro, a ação climática foi praticamente abandonada. A recente explosão das taxas de desmatamento, que enfureceu o mundo, será, sem dúvida, um dos principais legados de sua presidência.

As políticas atuais do Brasil intensificaram seu desafio climático. E não é só por causa da carne bovina. A soja, a principal commodity do país, está aumentando a pressão sobre o Cerrado, a vasta savana tropical do país. Há também a forte dependência do Brasil das exportações de petróleo e aço.

A ascensão de Bolsonaro ao poder é amplamente vista como uma resposta a um escândalo de corrupção multibilionário que abalou a política brasileira anos atrás. Os promotores disseram que Lula estava envolvido no topo do escândalo. Ele passou 580 dias na prisão em conexão com uma condenação que acabou por ser anulada.