A homenagem a Diego Armando Maradona atinge todas as dimensões. No Brasil, talvez seja a coisa mais incrível. Assim, na noite desta quinta-feira, o técnico brasileiro Renato Gaucho (ou Portalupe) saiu para liderar seu time, o Grêmio, na primeira rodada da Copa Libertadores contra o Guarani, vestindo a camisa “10” da seleção argentina. A guilda venceu por 0-2. Retorno, na próxima quinta-feira, em Porto Alegre.
Antes de a partida começar, Diego fez um minuto de silêncio. E o estandarte do futebol brasileiro como treinador do Grêmio, vestindo as camisas mais emblemáticas da Argentina.
Nascido em Guaporé, município brasileiro do Rio Grande do Sul, Renato tem 58 anos (2 anos mais jovem que Diego quando morreu na última quarta-feira), e alcançou a primeira guilda em 1982. No ano seguinte levantou a Libertadores e a Intercontinental. Não apenas isso. O jovem atacante marcou dois gols do Grêmio contra o Hamburgo na final no Japão.
Se Renato (Portaluppi ou Gaúcho) era mesmo o ídolo do Grêmio como jogador, ele venceu como treinador. Em sua terceira etapa em Porto Alegre – iniciada em 2016 – Renato conquistou seis campeonatos nacionais, Libertadores 2017 (na final contra Lanos) e Recopa Sudamericana 2018.
Como jogador, Renato disputou 41 partidas pela Seleção Brasileira, incluindo a Copa do Mundo de 2016 no México, onde “Canarinha” foi eliminado nos pênaltis na segunda fase pela França. A Copa do Mundo da Argentina conquistada por Maradona, o gol de “Beloza” contra a Inglaterra, o gol da “Mão de Deus” e o estonteante segundo gol.
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