France Media Agency03 de maio de 2021 10:17:34
A Amazônia brasileira liberou quase 20 por cento mais dióxido de carbono na atmosfera na última década do que absorveu, de acordo com um relatório impressionante que mostra que a humanidade não pode mais depender da maior floresta tropical do mundo para ajudar a absorver a poluição de carbono produzida pelo homem. De 2010 a 2019, a bacia amazônica do Brasil emitiu 16,6 bilhões de toneladas de CO2, enquanto retira apenas 13,9 bilhões de toneladas, relataram pesquisadores na quinta-feira. Nature Climate Change. O estudo analisou o volume de CO2 absorvido e armazenado à medida que a floresta cresce, em comparação com as quantidades liberadas de volta para a atmosfera quando é queimado ou destruído.
“Nós meio que esperávamos, mas é a primeira vez que temos números mostrando que a Amazônia brasileira mudou e agora é emissora líquida”, disse o coautor Jean-Pierre Wigneron, cientista do Instituto Nacional de Agronomia da França Pesquisa (INRA).
“Não sabemos em que ponto a mudança pode se tornar irreversível”, disse ele AFP em uma entrevista.
O estudo também mostrou que o desmatamento – por meio de queimadas e corte raso – aumentou quase quatro vezes em 2019 em comparação com qualquer um dos dois anos anteriores, de cerca de um milhão de hectares (2,5 milhões de acres) para 3,9 milhões de hectares, uma área do tamanho de Os Países Baixos.
“O Brasil viu um declínio acentuado na aplicação de políticas de proteção ambiental após a mudança de governo em 2019”, disse o INRA em um comunicado.
O presidente brasileiro Jair Bolsonaro foi empossado em 1º de janeiro de 2019.
Ecossistemas terrestres em todo o mundo têm sido um aliado crucial enquanto o mundo luta para conter as emissões de CO2, que chegaram a 40 bilhões de toneladas em 2019.
Ao longo do último meio século, as plantas e o solo absorveram de forma consistente cerca de 30% dessas emissões, embora tenham aumentado 50% nesse período.
Os oceanos também ajudaram, absorvendo mais de 20%.
A bacia amazônica contém cerca de metade das florestas tropicais do mundo, que são mais eficazes em absorver e armazenar carbono do que outros tipos de florestas.
Se a região se tornar uma fonte líquida em vez de um “sumidouro” de CO2, enfrentar a crise climática será muito mais difícil.
Usando novos métodos de análise de dados de satélite desenvolvidos na Universidade de Oklahoma, a equipe internacional de pesquisadores também mostrou pela primeira vez que as florestas degradadas eram uma fonte mais significativa de emissões de CO2 para o aquecimento do planeta do que o desmatamento total.
No mesmo período de 10 anos, a degradação – causada pela fragmentação, corte seletivo ou incêndios que danificam, mas não destroem as árvores – causou três vezes mais emissões do que a destruição total das florestas.
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