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Governo adota medidas emergenciais diante da crise na saúde pública de Aracaju

6 de janeiro de 2019
Os efeitos da paralisação dos médicos da Prefeitura de Aracaju já tencionam a Rede Estadual de Saúde. Empenhado em garantir a assistência à população, diante da grave crise deflagrada na saúde municipal, o governo do Estado de Sergipe, preocupado com a superlotação do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) e do Hospital Regional de Socorro, informa, através da Secretaria de Estado da Saúde (SES), fará a contratação emergencial de 15 médicos clínicos-gerais para atuarem nessas unidades.
Foto: Ascom/SES


De acordo com a SES, serão 10 médicos destinados para o atendimento de urgência no Huse e cinco no Hospital Regional de Socorro. Esses profissionais que serão contratados se inscreveram no Processo Seletivo Simplificado (PSS) da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS). Para se ter uma ideia, o Huse tem uma média de 300 atendimentos por dia. Somente nesta quarta-feira, 02, foram mais de 700 atendimentos, um aumento de mais de 130%.

Para traçar as estratégias necessárias, o secretário de Estado da Saúde, Valberto de Oliveira, reuniu nesta quinta- feira, 03, a equipe da rede estadual diretamente ligada à assistência hospitalar para discutir um plano de enfrentamento à crise deflagrada na saúde pública de Aracaju. Para garantir que os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) tenham acesso aos serviços de saúde, a SES está adotando algumas medidas, segundo informou Valberto de Oliveira.
“Entre as medidas estão, além da contratação emergencial de profissionais da área de saúde, o fornecimento extra de material médico hospitalar; reserva de dezenas de macas para atender extraordinariamente os regionais, em caso de necessidade; articulação com os hospitais de Cirurgia, de São Cristóvão e de Itabaiana para a ampliação de leitos clínicos, se necessário reduzindo o volume de cirurgias de menor complexidade, que podem ser feitas após a crise. Esses leitos passam a dar retaguarda ao Huse”, explicou.   
Huse
O superintendente do Huse, Darcy Tavares afirma que esse empenho de toda a rede demonstra o compromisso com a população. "Faremos isso para minimizar essa situação a fim de garantir a assistência adequada dentro desse inesperado fluxo. As áreas Vermelha e de Trauma estão operando dentro da normalidade, mas a porta enfrenta uma situação crítica. Saímos de 279 atendimentos no dia 31, para 450 no dia 1º e para 730 no dia de ontem. Esse aumento sobrecarrega a equipe e dificulta a assistência porque o espaço físico é o mesmo”, disse. 
Efeito da crise
O Hospital Regional de Nossa Senhora do Socorro que, ao longo da gestão, tem administrado muito bem os 30 leitos clínicos, enfrenta uma situação nova: pacientes internados nos corredores da unidade. Segundo maior município do estado e localizado muito próximo à capital, desde o início da paralisação divide a assistência entre os usuários da sua região e de Aracaju, segundo informou o superintendente do Regional, Oldegar Júnior. 
“Estamos sofrendo consequências grandes com o fechamento das UPAs. Temos uma média diária de 230 atendimentos, número que pulou para 377 no dia de ontem, um crescimento de quase 40%”, enfatizou.
*Com Agência Sergipe de Notícias
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