Jovem de 15 anos estuda no mesmo colégio e treina com a mãe de Duda. Neste domingo, ela conquistou o título da etapa regional no vôlei de quadra
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Foto: Wander Roberto/Exemplus/COB |
Bicampeã mundial sub-19 e medalha de ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude Nanquim 2014 no vôlei de praia, Duda Lisboa disputou os Jogos Escolares da Juventude entre 2012 e 2015. A sergipana conquistou o título em 2014, quando estudava no Instituto Dom Fernando Gomes (SE). Neste domingo, dia 16, o colégio venceu novamente a maior competição estudantil do Brasil, agora no vôlei de quadra feminino, de 15 a 17 anos, em Natal (RN).
Destaque da equipe na decisão, a ponteira Ágatha Bianca Nascimento está seguindo os passos da ídolo. Além de estudar no mesmo colégio, Ágatha mora na mesma cidade – São Cristóvão, na região metropolitana de Aracaju – e treina com a mãe de Duda, Cida Lisboa. A atacante foi fundamental na vitória por 2 sets a 0, com parciais de 25/18 e 25/13, sobre o Colégio 2001, de Recife (PE).
“Nosso objetivo era chegar à final dos Jogos Escolares e conquistar a vaga para a etapa nacional, em novembro. Mas a gente jogou muito bem e conseguiu ser campeãs nordestinas. Agora temos que participar de mais competições e treinar bastante para buscar um bom resultado na etapa nacional. Sabemos que será uma competição mais difícil, com os melhores times do Brasil, mas vamos dar o nosso melhor”, disse a jovem de apenas 15 anos.
A equipe do Instituto Dom Fernando Gomes conta com seis atletas que conquistaram a medalha de bronze nos Jogos Escolares da Juventude João Pessoa 2016, na categoria 12 a 14 anos: Ágatha, as levantadoras Julia Lopes e Maria Beatriz Justo, a oposta Vanessa Oliveira e as centrais Elizabeth Corrêa e Shaiane Santos. A capitã da equipe é Anna Karolayne, que faz dupla na praia com Ágatha Bianca nos campeonatos de categoria, e que disputou recentemente o Campeonato Mundial Sub-19 na China, quando foi eliminada nas oitavas de final para a Holanda após vitórias sobre duplas dos Estados Unidos e do Peru.
Com 1,71m, Anna é a atleta mais alta da equipe treinada pelo técnico João Andrade, de 31 anos. Professor de educação física da escola, João lembrou que o colégio representa Sergipe no vôlei há seis anos seguidos e disse que todo o planejamento no esporte feito no início do ano visa a disputa dos Jogos escolares da Juventude.
“Sem dúvida os Jogos escolares traçam as nossas metas do ano. Nosso planejamento é todo feito para a gente chegar aqui. Nosso time é baixo, não tem líbero porque todas as atletas passam bem a bola. Minha central passa bem a bola, minha oposta é boa passadora. Time pequeno tem que saber se segurar e explorar o que tem de melhor”, afirmou João, que destaca ainda na equipe a levantadora titular Barbara Gomes, caçula da equipe e mestre em salvar bolas que pareciam perdidas.
Se a maior atleta sergipana em quadra tinha apenas 1,71m, do outro lado da rede as atletas do Colégio 2001 (PE) eram visivelmente maiores. Destaque para a meio de rede Thaís Mayara, de 15 anos de idade e 1,90m de altura. A jovem se espelha na bicampeã olímpica Thaisa Daher e sonha em um dia defender a seleção brasileira adulta. Apesar da derrota na final para o equilibrado time de Sergipe, Thaís se mostrou muito contente com a medalha de prata e a classificação para a etapa nacional dos Jogos Escolares da Juventude.
“Estar aqui já foi um milagre. De última hora recebemos a notícia de que iríamos participar da final do nosso estado e vencemos. Hoje ficamos com a medalha de prata, mas estamos muito felizes. Agora, a gente vai começar a treinar com toda garra e força possíveis para dar o nosso melhor na competição nacional”, afirmou.
Duda surgiu para o mundo nos Jogos Escolares
Duda estreou nos Jogos Escolares da Juventude em 2012, mesmo ano em que o vôlei de praia passou a fazer parte do programa oficial da competição. Em 2014, ela conquistou a medalha de ouro e ficou com o prêmio de revelação da competição no Prêmio Brasil Olímpico (PBO). Para ela, participar dos Jogos Escolares foi um passo importante para sua carreira.
“Foi bastante importante para a minha carreira. Por causa dos Jogos Escolares eu evoluí ainda mais, tive contato com símbolos olímpicos e isso foi um início para minha carreira. Não enxergava o ponto em que estaria hoje. Ainda era uma menininha nos Jogos Escolares, que jogava vôlei de quadra e de praia para o colégio. Então era um mundo muito escolar, muito de brincadeira e conhecimento”, disse Duda, em entrevista concedida ao site do COB, no ano passado.
Duda integrou o Projeto Vivência Olímpica 2016, quando conheceu de perto uma edição dos Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro. Em 2017, ela iniciou uma parceria vitoriosa com Ágatha, medalhista de prata nos Jogos Rio 2016, e xará da jovem craque sergipana que ainda dará muito o que falar no esporte mundial. Nesse ano, Duda e Ágatha se sagraram campeãs do Circuito Mundial de vôlei de praia, vencendo inclusive o Torneio dos Campeões.
Os Jogos Escolares da Juventude são organizados e realizados pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), correalizados pelo Ministério do Esporte e Grupo Globo, com patrocínio da Coca-Cola e parceria do Governo do Estado do Rio Grande do Norte.
Ascom / Comitê Olímpico do Brasil